Indicador de Incerteza cai 9,9 pontos em julho para 163,7 pontos, diz FGV
"A redução da incerteza em julho reflete o ambiente de reabertura gradual da economia, adaptação de famílias e empresas ao momento e o conhecimento das medidas adotadas pelo governo para mitigação dos impactos da crise sanitária. Apesar disso, o nível do indicador, ainda a meio caminho entre o registro de fevereiro e o pico de abril, continua muito elevado e sob influência do sobe e desce da pandemia de coronavírus. Há muita preocupação com a possibilidade de que uma segunda onda prejudique a tendência de recuperação em curso", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Em julho, o componente de Mídia recuou 8,4 pontos, para 144,1 pontos, contribuindo negativamente em 7,3 pontos para a queda do índice geral no mês. Já o componente de Expectativas diminuiu 12,1 pontos, para 215,9 pontos, com contribuição negativa de 2,6 pontos para o comportamento do IIE-Br.
"O componente de expectativas, ao permanecer acima de 200 pontos pelo quarto mês consecutivo, mostra como é difícil no momento se prever os rumos da economia no horizonte de 12 meses, uma vez que a fase crítica da pandemia será seguida por uma reabertura em que os estímulos fiscais serão gradualmente retirados", acrescentou Anna Carolina.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.
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