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Superintendência do Cade aprova aliança entre Delta Air Lines e Latam

A operação permitiria que a companhia aérea desfrute de inúmeros benefícios e sinergias, diz a Latam - Getty Images .
A operação permitiria que a companhia aérea desfrute de inúmeros benefícios e sinergias, diz a Latam Imagem: Getty Images .

Luci Ribeiro

Brasília

18/09/2020 08h27

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a formação de joint venture agreement entre a Delta Air Lines e a Latam, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o parecer, as duas empresas irão se unir em uma "aliança estratégica" de seus serviços de transporte aéreo envolvendo os Estados Unidos e o Canadá, de um lado, e Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai, do outro lado.

As empresas explicaram ao Cade que outros países da América do Sul serão incluídos na parceria somente depois de implementação de acordos de open skies (tratados de céus abertos) entre os Estados Unidos e esses países.

"Nossa aliança estratégica com a Delta continua sendo uma prioridade. Essa apresentação reafirma nosso compromisso em fornecer aos clientes liderança em conectividade e experiência de viagem nas Américas e a aliança é uma das maneiras pelas quais emergiremos dessa crise global como um grupo de companhias aéreas mais forte, mais ágil e mais competitivo", disse Jerome Cadier, CEO da Latam em nota divulgada em junho, quando a parceria foi anunciada.

A Delta informou ao Cade que a operação permitirá que a empresa alcance mais destinos na América do Sul, podendo competir de forma mais isonômica com outros concorrentes que atuam na região. Além disso, permitirá que a Delta concorra de forma mais efetiva com a American Airlines em Miami, importante porta de entrada dos Estados Unidos para passageiros provenientes da América do Sul.

Já para a Latam, conforme descrito no parecer, a operação permitiria que a companhia aérea desfrute de inúmeros benefícios e sinergias.

As empresas também argumentaram que, sem o acordo, teriam incentivos para estabelecer "preços em nível mais alto" e para investir apenas em suas próprias redes e não em uma malha combinada.

"O JVA (joint venture agreement) traria incentivos para as partes lançarem novas opções de rotas e expandir frequências", cita o documento.