Produção de motos em setembro foi a melhor do ano, revela Abraciclo
Em relação a agosto, a produção teve alta de 6,8%, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira pela Abraciclo, entidade que representa o setor, cujos volumes vêm sendo estimulados pelo boom nos serviços de entrega (delivery).
Apesar do resultado positivo, a indústria de motos ainda mostra retração de 17,1% da produção no acumulado desde janeiro. Nos nove primeiros meses do ano, foram produzidas 693,5 mil motos.
Em nota, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, comenta que a curva de produção nas linhas de montagem mostra-se ascendente desde a retomada gradual das atividades. Antes de setembro, o melhor resultado mensal de 2020 tinha sido registrado em março, quando 102,9 mil motocicletas foram fabricadas.
"Hoje a motocicleta é indicada para evitar a aglomeração natural no transporte público, representando um meio de transporte ágil, econômico e de baixo custo de manutenção. Também passou a ser um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega", diz o presidente da Abraciclo.
As vendas no atacado - das fábricas para as concessionárias - subiram 4,4% ante agosto e 5,6% na comparação com setembro de 2019, chegando a 100,7 mil motos no mês passado. No acumulado de janeiro a setembro, as entregas somaram 665,6 mil unidades, com queda de 18,4%.
Já as exportações de motos produzidas em Manaus, de 3,6 mil unidades em setembro, caíram 29,9% em relação a agosto, mas subiram 51,5% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as exportações de motos, destinadas, principalmente, à Argentina, mostram queda de 18,8%, num total de 23,7 mil motocicletas em nove meses.
Novas previsões
Junto com a divulgação dos resultados de setembro, a Abraciclo revisou suas previsões para o desempenho do setor no ano, cortando para baixo de 1 milhão de motos as projeções de produção e vendas. A entidade que abriu o ano prevendo produção 1,2 milhão de motos em 2020 mudou o número para 937 mil unidades, queda de 15,4% em relação ao total do ano passado. Em relação às vendas no atacado, a previsão caiu de 1,1 milhão para 909 mil unidades. Se confirmada a previsão, o setor fechará 2020 com queda de 16,2% nas entregas às concessionárias.
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