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Moeda digital é extensão da moeda física, diz Campos Neto

Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

Brasília

24/05/2021 15h33

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que a moeda digital em desenvolvimento pela autarquia é uma extensão da moeda física, com pagamentos online e offline. O Banco Central divulgou neste dia 24 de maio as diretrizes gerais para o lançamento nos próximos anos do "real digital", uma moeda digital que promete baratear operações de pagamento e ampliar as possibilidades de transações, inclusive no varejo.

O BC planeja ouvir sugestões da sociedade nos próximos meses e lançar a nova moeda em dois ou três anos.

O real digital surge como uma espécie de concorrente para as criptomoedas, como o bitcoin.

A diferença é que ele será uma divisa com lastro na própria moeda - ou seja, o real - enquanto o bitcoin não possui nenhum lastro.

Outra diferença é que o real digital será necessariamente custodiado por instituições financeiras. Em outras palavras, o saldo estará sempre dentro de um banco e as transações financeiras ocorrerão por intermédio do sistema bancário.

Não será possível fazer transferências e pagamentos diretamente entre duas pessoas, sem passar pelo sistema bancário, como ocorre hoje com criptomoedas. Com isso, o BC busca reduzir as chances de o real digital ser utilizado em atividades criminosas, como lavagem de dinheiro e remessas ilegais.