Indicadores da China confirmam desaceleração da atividade, mas superam projeções
A saraivada de indicadores econômicos da China divulgada no final da noite desta quarta-feira, pelo horário de Brasília, entre eles, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre, mostra uma desaceleração do processo de retomada da economia após o choque da covid-19.
Por outro lado, nenhuma leitura frustrou o mercado — e a maioria, inclusive, superou as expectativas. As variações menos expressivas devem ser ponderadas pela redução do efeito da base de comparação fraca, mais pronunciado no primeiro trimestre, período que, em 2020, representou o ápice da crise do coronavírus no país asiático.
O PIB, por exemplo, mostrou alta anual de 7,9% entre abril e junho, em linha com as expectativas do mercado. No primeiro trimestre, o crescimento foi de 18,3% na comparação com os três primeiros meses de 2020 — o que evidencia a perda de fôlego no processo de recuperação.
A produção industrial também desacelerou ao mostrar avanço anual de 8,3% em junho, menos do que os 8,8% registrados em maio. Por outro lado, a leitura veio acima das projeções de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, cujo consenso era de avanço de 7,8%.
As vendas no varejo surpreenderam ao saltar 12,1% em junho, bem acima da projeção de 10,9%, mas também perderam tração no confronto com a variação de maio: 12,4%.
Comportamento semelhante teve o dado de investimentos em ativos fixos. O indicador registrou expansão de 15,4% no período de janeiro a maio e, no consolidado de janeiro a junho, desacelerou a 12,6%. Ainda assim, surpreendeu o mercado, que estimava 12,1%.
Nota divulgada pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) da China diz que a economia local "manteve a recuperação e continuou a apresentar um desempenho restaurador com uma base consolidada e um bom ritmo de crescimento".
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