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Credibilidade da política monetária é chave no Brasil, diz presidente do BC

Campos Neto disse que o nível final da Selic é mais importante que o ritmo de alta para alcançar a meta de inflação - Adriano Machado/Reuters
Campos Neto disse que o nível final da Selic é mais importante que o ritmo de alta para alcançar a meta de inflação Imagem: Adriano Machado/Reuters

Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues

São Paulo e Brasília

01/10/2021 13h36

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em webinar do Morgan Stanley, que a credibilidade da política monetária é chave no Brasil para atingir a meta de inflação. "Estamos dizendo de maneira bem forte que faremos o que for necessário para cumprir a meta de inflação."

Ao mesmo tempo que pregou a credibilidade da política monetária, o presidente do Banco Central reforçou que a autoridade monetária não está "ajustando os objetivos" em meio à inflação alta. "Sempre há uma meta móvel. Não estamos mudando nossos objetivos porque a inflação está alta. Tentamos ser o mais transparente possível nas nossas comunicações. Precisamos atingir a meta de inflação", disse.

Campos Neto ainda repetiu que, na visão do BC, o nível final da Selic é mais importante que o ritmo de alta para alcançar a meta de inflação. "Acreditamos que o passo e o instrumentos que temos agora são compatíveis com o cumprimento da meta.

Ruídos

O presidente do BC repetiu que os ruídos relacionados ao fiscal têm trazido apreensão. Em meio ao debate de nova rodada de auxílio emergencial e ampliação do Bolsa Família, o presidente do BC afirmou que há dúvidas se o programa social será temporário ou permanente e como será financiado. "Muitas perguntas sobre programa social ainda não foram respondidas."

Campos Neto, porém, repetiu que, "virada essa página", a perspectiva é de melhora. O presidente do BC citou novamente a melhora nos dados fiscais e destacou que não se deve apenas à inflação.

O presidente do BC ainda destacou que o crescimento do crédito no Brasil é saudável, com baixa inadimplência. "Tivemos um dos maiores crescimentos de crédito entre emergentes em 2020", lembrou.