Nova ferramenta monitora combustíveis e compara reajustes ao salário mínimo
O Observatório Social da Petrobrás (OSP) lançou, nesta terça-feira, 5, o Monitor dos Preços dos Combustíveis. A ferramenta vai registrar o preço médio cobrado ao consumidor final pelo gás liquefeito de petróleo (GLP) de uso residencial, o gás de cozinha; pela gasolina comum; óleo diesel S-10; gás natural veicular (GNV) e etanol no País. A atualização será semanal. Além de informar os preços, a ferramenta vai comparar também os reajustes dos combustíveis com o crescimento do salário mínimo.
Segundo o monitor, a média histórica de preço do GLP é de R$ 72,43. Atualmente, o gás é vendido a um valor 36% superior à média. Já a gasolina comum está 20% acima do preço médio; o diesel S-10, 18%; o GNV, 37%; e o etanol, 42% mais caro.
A ferramenta foi elaborada pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), com o objetivo de facilitar a visualização da escalada dos preços dos combustíveis em um contexto de alta inflação. Para isso, utiliza informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que transforma em valores reais deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
"Desde que o governo impôs à Petrobrás a política do Preço de Paridade de Importação (PPI), em 2016, os valores dos derivados de petróleo no país têm tendência de alta, alcançando em 2021 um patamar completamente fora da realidade do povo brasileiro. É um pesadelo o litro da gasolina custar R$ 7 e o botijão de gás de cozinha, R$ 100", afirma o economista.
A ferramenta, que pode ser acessada pelo site do Observatório, mostra que há 16 meses seguidos é registrado aumento do preço médio nacional do GLP, enquanto o GNV sofre reajuste contínuo há 11 meses e faz cinco meses que a gasolina e o diesel sobem consecutivamente. O início da série é julho de 2001, quando a ANP começou a contabilizar os valores. No caso dos diesel S-10, a série começa em dezembro de 2012, quando a venda do combustível passou a ser obrigatória.
"Em janeiro de 2015, o preço de um botijão de 13kg de GLP representava 5,7% de um salário mínimo. Hoje ele equivale a 9%", destaca Dantas.
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