Governo Central tem déficit de R$ 6,304 bilhões em março, revela Tesouro
Em março de 2021, o resultado - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - havia sido positivo em R$ 2,039 bilhões.
O déficit do mês passado foi menor que as expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um saldo negativo de R$ 12,70 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 23 instituições financeiras. O dado de março ficou dentro do intervalo das estimativas, que eram de déficit de R$ 18,20 bilhões a superávit de R$ 5,10 bilhões.
Nos três primeiros meses do ano, o resultado primário registrou superávit de R$ 49,627 bilhões, o melhor resultado para o primeiro trimestre desde 2012, considerando valores corrigidos pela inflação.
Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 24,205 bilhões.
Em março, as receitas tiveram alta real de 7,2% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve alta de 13,6%. Já as despesas subiram 13,5% em março, já descontada a inflação. No acumulado de 2022, a variação foi positiva em 7,4%.
Em 12 meses até março, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 15,5 bilhões - equivalente a 0,17% do PIB. A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 170,5 bilhões nas contas do Governo Central, mas a equipe econômica espera fechar o ano com um rombo de R$ 66,9 bilhões, conforme projeção divulgada no último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas.
Abertura por instituição
As contas do Tesouro Nacional - incluindo o Banco Central - registraram um superávit primário de R$ 13,858 bilhões em março, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 105,118 bilhões.
Já o resultado do INSS foi deficitário em R$ 10,162 bilhões no mês passado. No primeiro trimestre, o resultado foi negativo em R$ 55,491 bilhões.
As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 54 milhões em março e superávit de R$ 9 milhões no acumulado de 2022 até o mês passado.
Teto de gastos
As despesas sujeitas ao teto de gastos subiram 18,3% no acumulado do ano até março na comparação com o mesmo período de 2021, segundo o Tesouro Nacional.
Pela regra do teto, o limite de crescimento das despesas do governo é a variação acumulada da inflação no ano passado. Porém, como o governo não ocupou todo o limite previsto em anos anteriores, na prática, há uma margem para expansão de até 15,2%.
As despesas do Poder Executivo variaram 19,1% no período (a margem nesse caso é de 15,1%). Mesmo com o desenquadramento momentâneo, o cumprimento da regra fiscal é apurado apenas pelo resultado completo de cada ano.
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