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BC: balanço de riscos permanece com fatores em ambas as direções

Juros, taxa Selic, alta nos juros, BC, Copom, Banco Central - Getty Images/iStockphoto
Juros, taxa Selic, alta nos juros, BC, Copom, Banco Central Imagem: Getty Images/iStockphoto

Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues

Brasília, 04

04/05/2022 21h17Atualizada em 04/05/2022 21h45

Ao elevar a Selic (a taxa básica de juros) em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve avaliação de que seu balanço de riscos para a inflação continua com fatores em ambas as direções, mas pregou cautela na avaliação do cenário. "O Comitê avalia que a conjuntura particularmente incerta e volátil requer serenidade na avaliação dos riscos", destacou o BC.

O colegiado mudou o formato de apresentação do balanço, colocando os riscos altistas de inflação em primeiro lugar, quando normalmente o comunicado abria esse parágrafo pelos riscos de baixa na inflação. O Copom deixou de mencionar que considera uma assimetria altista no balanço de riscos.

Entre os riscos de uma inflação maior que a projetada, o Copom destacou pela primeira vez "uma maior persistência das pressões inflacionárias globais". O colegiado também passou a incluir de maneira mais direta nos riscos altistas a "incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do País", embora tenha repetido que essa incerteza já estaria parcialmente incorporada nas expectativas de inflação e nos preços de ativos.

Já na outra ponta do balanço de riscos, o BC voltou a citar possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local. E, também pela primeira vez, apontou o risco de uma desaceleração da atividade econômica mais acentuada do que a projetada.