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BC deixa porta entreaberta para um ritmo menor de altas, diz Andrea Damico

Juros, taxa Selic, alta nos juros, BC, Copom, Banco Central - Getty Images/iStockphoto
Juros, taxa Selic, alta nos juros, BC, Copom, Banco Central Imagem: Getty Images/iStockphoto

Bárbara Nascimento

São Paulo

04/05/2022 20h50Atualizada em 04/05/2022 21h23

O Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu, em sua decisão de juros de hoje, que há riscos de desancoragarem das expectativas de inflação e deixou a porta entreaberta para novas altas. Essa é visão da sócia e economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico. Para ela, "a porta não está aberta para todas as possibilidades" e o Banco Central se deu a liberdade de dar altas menores nas próximas reuniões.

"O BC deixou a porta entreaberta para ritmos menores. Tirou alternativa de 100 pontos e de parada. O que tem probabilidade é redução do ritmo. Vai ter alguma flexibilidade, dado que não anunciou previamente a próxima reunião. Está na mesa 75, 50 ou 25 pontos", apontou.

Na Armor, o cenário é de que o Copom optará por duas altas de 50 pontos, levando a Selic a 13,75% até julho. "Mas o BC guarda graus de liberdade para, se houver melhora no quadro, subir menos", disse.

A economista ainda avalia como positiva a retirada, do comunicado, do cenário alternativo para a política monetária, com petróleo mais comportado. "O cenário de referência acabou se aproximando muito daquele cenário alternativo que tinha desenhado lá atrás. Como concordou com nível atual de preço do barril do petróleo, acabou incorporando", avaliou.

Ela destaca como importante o reconhecimento, pelo BC, de novos riscos além da guerra, como as disfunções nas cadeias produtivas causadas pelos lockdowns na China e a reprecificação da política monetária nos países avançados.