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Refinaria privatizada vende diesel 9,7% mais caro que a Petrobras, diz associação

Refinaria Landulpho Alves foi vendida pela metade do preço estimado pelo mercado - iStock
Refinaria Landulpho Alves foi vendida pela metade do preço estimado pelo mercado Imagem: iStock

Denise Luna

No Rio de Janeiro

10/05/2022 12h56Atualizada em 10/05/2022 19h46

O aumento de 8,9% do diesel pela Petrobras reduziu a defasagem em relação ao mercado internacional para 17%, segundo a associação da categoria, Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

Situação diferente ocorre com os preços praticados pela Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, adquirida da Petrobras pelo fundo de investimento árabe Mubadala no final do ano passado, onde a defasagem em relação ao preço externo é de apenas 1%.

Com reajustes semanais desde que assumiu a unidade, a Acelen aumentou o preço do diesel na refinaria no último sábado (7) para até R$ 5,63, atingindo uma média de R$ 5,39 o litro, ou 9,7% acima do preço da Petrobras.

Após 60 dias, a Petrobras anunciou ontem um aumento no preço do diesel e manteve inalterado o da gasolina. A partir de hoje, o preço médio de venda de diesel da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro.

A defasagem dos preços internos em relação ao mercado internacional é um dos pontos destacados por especialistas para a falta de interesse nas refinarias da Petrobras que estão à venda desde 2019.

Das oito unidades ofertadas, apenas a Refinaria Landulpho Alves foi vendida, e pela metade do preço estimado pelo mercado.

De acordo com o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pelo menos mais duas refinarias devem mudar de dono ainda este ano, a Reman, do Amazonas, e a SIX, de xisto, no Paraná.