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Para comitê de secretários, conta de estabilização é solução imediata para combustíveis

Padilha defendeu que os estados já fizeram sua "cota de sacrifício" ao congelar a alíquota de ICMS sobre combustíveis - iStock
Padilha defendeu que os estados já fizeram sua "cota de sacrifício" ao congelar a alíquota de ICMS sobre combustíveis Imagem: iStock

Lorenna Rodrigues e Eduardo Rodrigues

Em Brasília

12/05/2022 13h41

O presidente do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda), Décio Padilha, defendeu a criação de uma conta de estabilização de preços de combustíveis, com recursos dos dividendos pagos pela Petrobras, como "solução imediata" para a alta de preços no setor.

Após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Padilha defendeu que os estados já fizeram sua "cota de sacrifício" ao congelar a alíquota de ICMS sobre combustíveis, o que resultou em uma renúncia de R$ 37 bilhões de arrecadação neste ano.

Ele ressaltou que, de novembro a abril, os estados deixaram de tributar mais de R$ 16 bilhões. "Se há aumento na arrecadação do ICMS é por consumo de combustíveis, não de valores, já que o valor está congelado. E ICMS está congelado, como combustíveis continuam aumentando?", afirmou. "Dizer que estados não fazem sacrifício e desconsiderar o peso do ICMS na arrecadação".

Padilha disse que haverá uma reunião com governadores e, no fim de junho, do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), para decidir se será mantido o congelamento do ICMS sobre gasolina, etanol e GLP, que vale até o fim daquele mês. "Será debatido se vai manter congelamento ou fixar alíquota única de ICMS", completou.

Guerra

O presidente do Comsefaz afirmou ainda que é necessário debater a política de preços da Petrobras no momento como o atual que vive o globo. "Política de preço não pode ser suspensa em momento de guerra?", questionou.

Ele refutou a ideia de que os estados podem contribuir mais para solucionar a questão dos preços de combustíveis e ressaltou que a estatal precisa fazer investimentos em refinarias. "Se Petrobras não conseguiu vender refinarias, tem que investir nelas", completou.