Sachsida e Guedes se reúnem na véspera de julgamento sobre Eletrobras
Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, têm reunião fechada hoje, às 11h, sobre a Eletrobras.
O encontro será na pasta da Economia e contará com os presidentes da empresa, Rodrigo Limp, e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, além da equipe da Economia que trata de privatizações, incluindo os secretários de Desestatização, Diogo Marc Cord, e do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Bruno Westin.
Amanhã, o TCU (Tribunal de Contas da União) terá sessão em que julgará o processo de privatização da companhia.
O tribunal analisará a segunda etapa do processo, o que deveria ter ocorrido ainda em abril, mas um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo adiou o julgamento.
A expectativa do governo é que a Corte autorize a operação, que precisa sair até agosto para não ser afetada pelos prazos eleitorais.
Petrobras
Embora o objeto da reunião de hoje seja a Eletrobras, os dois ministros podem aproveitar a presença da equipe que lida com o assunto privatização para tratar também de uma eventual venda da Petrobras.
Sachsida começou a gestão à frente da pasta de Minas e Energia anunciando estudos para as privatizações da Petrobras e da PPSA (Pré-Sal Petróleo SA). Os dois pedidos foram entregues a Guedes e o processo dos estudos da PPSA já avançou dentro do Conselho do PPI.
No último domingo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que Sachsida tem carta branca para decidir sobre Petrobras. Ao ser questionado sobre eventual troca no comando da empresa, Bolsonaro respondeu: "Pergunta para o Adolfo Sachsida".
Como mostrou o Estadão/Broadcast, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, está sob pressão e passa por uma fritura no governo, apenas um mês depois de assumir o cargo.
Na última quarta-feira (11), Bolsonaro resolveu demitir o almirante Bento Albuquerque do comando do Ministério de Minas e Energia, após ter reclamado nas redes sociais do preço do diesel, colocando Sachsida no lugar. Albuquerque foi quem bancou o nome de Coelho para a estatal.
O aumento do preço dos combustíveis tem preocupado o comitê de campanha de Bolsonaro à reeleição e a situação já fez Bolsonaro demitir dois presidentes da petroleira.
"Deixo bem claro: todos os meus ministros, sem exceção, têm carta branca para fazer valer aquilo que acharem melhor para o seu ministério, para melhor atender a população", disse Bolsonaro, após andar de moto e ir a feiras em Brasília no domingo.
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