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Estatal da Bolívia reduz fornecimento de gás natural para o Brasil

Imagem ilustratitava mostra tanques de gás natural liquefeito em unidade de processamento - Marcos Brindicci
Imagem ilustratitava mostra tanques de gás natural liquefeito em unidade de processamento Imagem: Marcos Brindicci

Denise Luna

Do Estadão Conteúdo, no Rio

24/05/2022 08h34

A Petrobras terá de importar mais gás natural liquefeito (GNL) em meio à disparada do preço no mercado internacional. Nesta segunda (23), a empresa confirmou que a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) cortou em 30% o fornecimento do insumo —ou cerca de seis milhões de metros cúbicos por dia.

A queda reduz o alívio sentido pela Petrobras no primeiro trimestre do ano, quando comemorou a redução de importação de GNL e a consequente queda nos custos.

Segundo a Petrobras, a YPFB ainda não explicou o motivo do corte. A petroleira brasileira informou que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para que a YPFB cumpra o contrato que mantém com a empresa.

Fontes próximas ao assunto dizem que o corte teria sido motivado pelo início do fornecimento de gás da Bolívia para a Argentina por preços melhores do que os praticados pela Petrobrás.

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia o preço do GNL disparou no mercado internacional. Se na pandemia o milhão de BTU (medida usada na comercialização do insumo) era negociado a US$ 5, ontem o preço girava em torno de US$ 27 o milhão de BTU, depois de já ter batido US$ 34.