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Bolsonaro sugere que preços da Petrobras não precisam ser reajustados automaticamente

O presidente Jair Bolsonaro  - Pedro Ladeira - 31.mar.22/Folhapress
O presidente Jair Bolsonaro Imagem: Pedro Ladeira - 31.mar.22/Folhapress

Bruno Luiz e Iander Porcella

Salvador e Brasília, 30

30/05/2022 19h39Atualizada em 30/05/2022 20h09

O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu nesta segunda-feira, 30, que o governo trabalha para reduzir a frequência dos reajustes nos combustíveis que são feitos de acordo com a política de preços da Petrobras. As declarações de Bolsonaro foram dadas em entrevista ao programa Alerta Nacional, da Rede TV, gravada no último sábado, 28, em Manaus, e exibida nesta segunda-feira, 30.

"Trocamos o ministro de Minas e Energia e agora estamos buscando trocar o presidente da Petrobras. O que nós estamos sabendo é uma caixa preta muitas vezes. Você não tem informações. O tal do PPI, paridade de preço internacional, nós queremos saber a mecânica disso", declarou o presidente, em referência à política de Paridade de Importação (PPI) da estatal, que leva em conta a variação do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

"Isso foi feito no início do governo Temer. Toda vez que sobe lá fora, sobe aqui dentro. E, pelo que parece, pelo estatuto da Petrobras, essa paridade de preço internacional não precisa ser reajustada automaticamente, ela tem um espaço de até um ano. E, no final do ano, você faz uma conta de chegada, tendo em vista o lucro da Petrobras, com a parte que vai para o governo federal", emendou Bolsonaro.

Como mostrou o Broadcast/Estadão, o novo comando da Petrobras vai trabalhar para segurar os reajustes de combustíveis e dar mais "previsibilidade" de preços em tempos de guerra da Ucrânia com a Rússia. Para isso, Bolsonaro quer reduzir a frequência dos reajustes, num momento em que o impacto da inflação em suas perspectivas de reeleição preocupa o comitê de campanha do presidente.