Preço da gasolina tem leve queda, mas defasagem do diesel volta a subir
Os preços do diesel e da gasolina tiveram leve recuo nos postos de abastecimento na semana passada, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Na média do país, o litro da gasolina está custando R$ 7,25, e o diesel, R$ 6,91 — ambos 0,3% abaixo da semana anterior.
Com o preço do petróleo em alta, apesar de um dólar mais fraco diante do real, não é possível prever quanto tempo a Petrobras manterá os preços congelados nas refinarias por pressão do presidente da República, Jair Bolsonaro. O último aumento da gasolina ocorreu há 80 dias e do diesel, há 21 dias.
Defasagem de preços
De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem da gasolina vendida no Brasil em relação à comercializada no Golfo do México chegava até 10%, e do diesel - reajustado em 8,9% no dia 10 de maio - a 5%.
Na média, as defasagens são de 6% e 4%, respectivamente, revelando uma nova escalada no preço do diesel no Golfo. Na quarta-feira da semana passada a defasagem do diesel estava zerada, subindo para 2% na quinta-feira e fechando a semana em 6%.
Na Bahia, único mercado atendido por uma refinaria privada (Refinaria de Mataripe), os preços na acumulam queda expressiva no mês de maio. A Acelen, dona da refinaria, tem feito reajustes semanais nos preços dos combustíveis, para cima ou para baixo. No mês de maio, a gasolina caiu entre 1,4% e 8,1% e o diesel, entre 4,7% e 13,6%, dependendo do mercado atendido.
Petróleo em alta
Nesta segunda-feira, o petróleo voltou a subir no mercado internacional, com o Brent para os contratos de agosto avançando 0,40% na ICE, a US$ 116,02. Já o câmbio era favorável ao real. Às 9h29, o dólar à vista caía 0,43%, a R$ 4,7176. O dólar para junho recuava 0,24%, a R$ 4,7195.
No Brasil, a expectativa é a de que a oferta de diesel se aperte no segundo semestre, devido à alta da demanda interna aliada a um maior consumo global, motivada pelo aumento de sanções ao petróleo russo. Sem o fornecimento da Rússia, que sofre retaliações pela invasão na Ucrânia, o diesel ficará mais escasso no mundo inteiro, e no Brasil não será diferente.
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