Para IBGE, tendência é de não haver nova rodada de pressão sobre alimentos
Os preços dos alimentos no País têm sido afetados por problemas climáticos, elevação de custos de produção e alta na cotação de commodities agrícolas no mercado internacional. No entanto, a tendência é que não haja nova rodada de pressões adiante, avaliou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A tendência não é ter muita pressão sobre os preços dos alimentos daqui pra frente", afirmou Guedes.
O gerente do IBGE diz que o custo de produção aumentou "bastante", devido à necessidade de importação de fertilizantes e do encarecimento do frete por conta dos combustíveis mais caros.
"Mas soja e milho estão remunerando bem os produtores", completou.
A produção agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 263,0 milhões de toneladas em 2022. Apesar de perdas no cultivo de soja, o País deve ter as maiores colheitas já vistas para o milho e o trigo. As safras de arroz e feijão, por ora, atendem ao consumo doméstico, disse Guedes.
A estimativa da produção de feijão, considerando-se as três safras, foi de 3,2 milhões de toneladas, alta de 15,0% ante 2021. A estimativa de produção do arroz é de 10,6 milhões de toneladas, queda de 8,4% em relação ao ano passado provocada por problemas climáticos no Rio Grande do Sul.
"A falta de chuvas foi tão severa que os produtores tiveram que fracionar a irrigação", contou o gerente do IBGE, acrescentando que, ainda assim, a produção esperada está em linha com o consumo doméstico. "Mas também se tiver que importar alguma coisa a gente importa do Uruguai", lembrou.
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