FGV: confiança do consumidor sobe 0,5 ponto em julho ante junho, para 79,5 pontos
Segundo a FGV, a ligeira alta de julho foi puxada pelas expectativas em relação ao futuro próximo. Além disso, houve discrepância no comportamento do ICC entre as diferentes faixas de renda pesquisadas pela entidade. A confiança cresceu entre os mais pobres, mas registrou ligeira queda entre os consumidores de maior poder aquisitivo. O ICC subiu 1,8 ponto para os consumidores na menor faixa de renda pesquisa. Entre os consumidores da maior faixa de renda, o ICC caiu 0,4 ponto.
"Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo. Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo", diz a nota explicativa divulgada pela FGV.
Entre os dois principais componentes do ICC, o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,7 ponto, para 86,6 pontos, no maior nível desde agosto de 2021, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) se manteve estável, com queda de 0,1 ponto, para 70,3 pontos, nível baixo em termos históricos e inferior ao período pré-pandemia, conforme a FGV.
Dentro do ISA, o indicador que mede a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica subiu 1,2 ponto para 77,9, no melhor resultado desde março de 2020 (82,1 pontos), mas a percepção sobre a situação financeira famílias caiu 1,4 ponto, para 63,3 pontos. "Ambos continuam em nível baixo em termos históricos", diz a nota da FGV.
Já no IE, o indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira nos próximos meses avançou 3,5 pontos, para 89,3 pontos. O indicador que mede situação econômica nos próximos seis meses avançou 1,5 ponto para 104,7 pontos, maior nível desde agosto de 2021 (111,8 pontos).
"Como sinalizamos anteriormente, a proximidade das eleições pode tornar as expectativas mais voláteis, considerando que não há uma perspectiva de mudança dos fatores econômicos nos próximos meses", diz a nota da FGV. A Sondagem do Consumidor coletou as informações com entrevistas entre os dias 1º e 21 de julho.
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