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LDO: Bolsonaro veta trecho que previa mais dinheiro a universidades em 2023

Fachada do campus da USP em Ribeirão Preto - USP Imagens
Fachada do campus da USP em Ribeirão Preto Imagem: USP Imagens

Eduardo Rodrigues

Estadão Conteúdo, Brasília

10/08/2022 10h17

Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, o presidente da República Jair Bolsonaro (Pl) vetou um dispositivo aprovado pelo Congresso Nacional que blindava os orçamentos de universidades e institutos federais, evitando novos cortes de gastos na educação superior em 2023. O artigo previa que os recursos destinados a cada instituição no próximo ano não poderiam ser menores que os orçados em 2022 e ainda deveriam ser corrigidos pelo IPCA.

Além disso, o artigo também determinava que as dotações para bolsa permanência por estudante deveriam ser corrigidas pelo IPCA, da mesma forma que os valores per capita para a oferta de alimentação escolar a serem repassados a Estados e municípios.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição contraria o interesse público tendo em vista que incluiria valores mínimos específicos para programações do Ministério da Educação (referentes a universidades e institutos em geral, bolsa permanência e alimentação escolar), corrigidos na forma do teto de gastos, mas contabilizados dentro dos limites individualizados do Poder Executivo", argumentou o Ministério da Economia.

Para a pasta, a medida aumentaria a rigidez orçamentária e limitaria as decisões alocativas do Poder Executivo, além de onerar as demais unidades orçamentárias do Ministério da Educação e de outros órgãos do Executivo.

"Por estarem sujeitas ao teto de gastos, teriam que ceder limites para as programações preservadas, o que poderia inviabilizar, parcial ou integralmente, outras políticas públicas igualmente relevantes", completou a Economia.