Haddad diz que Lula preferiu não pegar 'atalho' para aprovar PEC da Transição
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), cotado para ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quarta-feira (7) que o presidente eleito poderia ter tentado bancar o Auxílio de R$ 600 e outros programas sem envolver o Congresso, mas preferiu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para abrir diálogo com deputados e senadores.
"A partir do momento em que o governo parte para uma negociação política no Congresso Nacional, fortalecendo a institucionalidade, o respeito entre os Poderes, é uma aposta que o presidente está fazendo na volta à normalidade democrática no País", declarou Haddad em entrevista coletiva ao sair do hotel onde Lula está hospedado em Brasília.
"Ele recebeu acenos de que era possível judicializar, era possível encontrar um atalho, e a preferência dele foi apostar na volta da normalidade", disse.
A opção pela PEC foi criticada por aliados como o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o deputado eleito Eunício Oliveira (MDB-CE) por reforçar o poder do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que era aliado de Jair Bolsonaro (PL) mas se aproximou de Lula após as eleições.
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