Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Esse foi o mesmo BC, com o mesmo grupo de diretores, que colocou a Selic em 2%, diz diretor

16.nov.2020 -  Diretor de política monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra Fernandes, participa da Coletiva de Lançamento do Pix, em Brasília. - Raphael Ribeiro/BCB
16.nov.2020 - Diretor de política monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra Fernandes, participa da Coletiva de Lançamento do Pix, em Brasília. Imagem: Raphael Ribeiro/BCB

Eduardo Laguna, Gabriel Vasconcelos e Francisco Carlos de Assis

Em São Paulo e em Macaé (RJ)

08/02/2023 18h30Atualizada em 08/02/2023 21h21

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra Fernandes, sem citar nomes, respondeu hoje às críticas que a autarquia e sua política monetária vêm recebendo, especialmente nesta semana.

De acordo com o diretor, a taxa básica de juros no Brasil é maior que nos países desenvolvidos porque a inflação aqui também é maior que nas economias centrais.

"A inflação brasileira é historicamente acima dos países desenvolvidos. Os juros também são maiores porque a inflação é mais alta que a de países desenvolvidos", disse Serra em evento no município de Macaé, litoral do Rio de Janeiro.

No meio de sua fala, Serra disse que não é o BC que estabelece a meta de inflação, mas sim o CMN (Conselho Monetário Nacional) e que a autoridade monetária atua para atingir a meta estabelecida.

"Esse foi o mesmo BC, com o mesmo grupo de diretores, que colocou a Selic em 2%", disparou o diretor do BC.

Serra também fez questão de enfatizar que o BC passou três anos entregando a inflação praticamente no centro da meta. "O BC é uma instituição de Estado, não de governo", enfatizou.

Em resposta às críticas à autonomia do BC, Serra disse que se trata de um padrão mundial e que beneficia a sociedade. Segundo ele, poucos países não têm seus bancos centrais autônomos e citou Argentina e Venezuela como exemplos.