Expectativas mais otimistas com próximos 6 meses melhoram confiança da indústria
A melhora, no entanto, foi puxada pelas expectativas mais otimistas em relação ao futuro. O Icei é formado por dois indicadores: um que mede a expectativa em relação aos próximos seis meses e outro que avalia as condições atuais frente ao semestre anterior.
"O Índice de Expectativas aponta que 22 de 29 setores estão otimistas com relação aos próximos seis meses. Há uma reflexão disseminada de que a empresa estará melhor no futuro; no entanto, os dados mostram que ainda não foi possível recuperar a queda de confiança ocorrida nos últimos três meses", explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Mesmo mais confiante no futuro, a avaliação do empresário industrial sobre a situação atual é negativa. O Índice de Condições Atuais mostra que 27 de 29 setores avaliam que as condições atuais são piores do que as verificadas nos últimos seis meses.
Mas, puxado pelas expectativas futuras, o Icei de fevereiro mostra confiança em quatro regiões do Brasil. A exceção é para a região Sul. As principais altas ocorreram nas regiões Sudeste, que passou de 47,7 pontos para 50,3 pontos; e no Norte, que teve alta no Icei de 51,7 pontos para 54,2 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos, sendo que dados acima de 50 indicam confiança e abaixo, desconfiança.
As regiões Centro-Oeste e Nordeste seguem confiantes, com 52,1 pontos e 54,4 pontos, respectivamente. Somente o Sul, apesar da ligeira alta de 0,3 ponto no índice, apontou indústrias pessimistas, com 46,3 pontos no Icei.
Por porte de empresas, o índice ficou positivo apenas entre as grandes empresas, mas segue negativo para pequenas e médias empresas. Houve avanço no indicador em indústrias de todos os portes em fevereiro, mas apenas nas grandes, aquelas com mais de 250 funcionários, ocorreu uma mudança de quadro, de desconfiança para confiança.
Por setor, os mais confiantes são: Produtos Farmoquímicos e farmacêuticos (60,4 pontos), Produtos de limpeza, perfume e higiene pessoal (57,1 pontos), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (53,5 pontos) e Extração de materiais não-metálicos (53,3 pontos). Já os mais pessimistas são: Produtos de madeira (43,3 pontos), Produtos de minerais não-metálicos (45 pontos), Confecção de artigos do vestuário e acessórios (46,4 pontos) e Móveis (47 pontos).
Para o levantamento, foram consultadas 1.979 empresas entre os dias 1º e 9 de fevereiro.
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