IBGE: massa salarial sobe a patamar recorde no 4º trimestre, diz Adriana Beringuy
Na comparação com o trimestre terminado em setembro, a massa de renda real subiu 2,1% no trimestre terminado em dezembro, com R$ 5,603 bilhões a mais.
"É a maior massa (da série histórica). Quem está puxando é o rendimento, porque a ocupação ficou estável, o que é diferente do que a gente via anteriormente", lembrou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real de 1,9% na comparação com o trimestre até setembro, R$ 51 a mais, para R$ 2.808. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro do ano anterior, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 8,3%, R$ 215 a mais.
O crescimento do rendimento médio real está relacionado à trégua da inflação registrada nos últimos meses, que proporciona ganhos reais, mas também à melhora na composição da ocupação, com recuperação da geração de vagas com carteira assinada no setor privado e um aumento nas contratações no setor público, que tendem a elevar o rendimento médio. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores atuando na informalidade diminuiu.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,6% no trimestre terminado em dezembro ante o trimestre encerrado em setembro. Já na comparação com o trimestre terminado em dezembro de 2021, houve elevação de 14,8% na renda média nominal.
"A corrosão da renda pela inflação já foi maior", apontou Beringuy. "Embora a gente tenha sim o efeito da inflação em 12 meses, ele não é forte o suficiente para impedir ganhos reais, como ocorrera na maior parte do ano de 2021 e primeiro semestre de 2022", completou.
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