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Para Haddad, quebra do SVB não parece suficiente para gerar crise sistêmica

Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), a reação do Fed, o banco central norte-americano, à quebra do SVB foi positiva  - Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), a reação do Fed, o banco central norte-americano, à quebra do SVB foi positiva Imagem: Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress

São Paulo e Brasília

13/03/2023 11h23

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (13) que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), o maior banco norte-americano a quebrar desde a crise de 2008, não parece suficiente para gerar uma crise sistêmica. Mesmo assim, o ministro reconheceu que ainda não há informações suficientes para dimensionar o problema criado pelo episódio.

"Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu", disse, em evento organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo no período da manhã desta segunda-feira.

Haddad relatou ter passado o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com bancos brasileiros para colher a percepção de risco. O ministro aguarda a volta do dirigente do BIS para discutir sobre o tema.

"Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia", afirmou Haddad.

O ministro acrescentou que a reação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) à quebra do SVB foi positiva para garantir os depositantes e evitar uma corrida bancária. Haddad lembrou ainda que o SVB é um banco regional, com carteira descasada.