Fed decidiu aumentar juro dos EUA em cima da hora na reunião de março
O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que as reuniões do Fed tendem a ser mais problemáticas quando acontecem turbulências logo na janela de 10 dias antes do encontro. "É difícil, digamos, para o comitê processar novas informações na hora e tentar tomar uma boa decisão na reunião", falou.
Powell teria dito a colegas dias antes da reunião que esperava prosseguir com um aumento de 25 pontos base nas taxas, mas eles precisavam ver o estresse do setor bancário diminuir antes que pudessem considerar essa opção. "Uma crise financeira não é para brincadeiras, e você realmente não sabe o que vai acontecer a seguir em uma situação como a que enfrentamos naquela reunião", contou Bullard.
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, passou os dias anteriores à reunião questionando banqueiros e proprietários de pequenas empresas sobre condições de crédito, fluxos de depósitos e demanda por empréstimos. "Se fosse o caso de a nossa ação política exacerbar as coisas, então eu realmente teria que pensar muito sobre se precisávamos fazer uma pausa", ponderou ele. "Foi uma época turbulenta."
Eles tomaram sua decisão na segunda-feira, 20 de março, somente depois que parecia que as autoridades suíças haviam contido um perigoso declínio na confiança no sistema bancário global com a aquisição forçada do Credit Suisse pelo rival de longa data UBS na noite anterior.
"Se eu tivesse acordado na manhã de terça ou de quarta e sentisse que havia um desafio global de Instituições Financeira Sistemicamente Importantes, eu claramente teria visto um motivo para pausar" os aumentos das taxas, afirmou o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, referindo-se aos dias de reunião do Fed. Em vez disso, disse ele, a turbulência financeira parecia ter se acalmado. "Eu me convenci de que você tinha um setor bancário resiliente e uma inflação muito alta. Então por que você não continuaria lutando contra a inflação?" Fonte: Dow Jones Newswires.
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