Confiança do comércio sobe 0,6 ponto em dezembro ante novembro, para 93,3 pontos, afirma FGV

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) aumentou 0,6 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 93,3 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 27. Em médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 1,1 ponto.

"A confiança do comércio avança menos expressivamente este mês em decorrência do movimento oposto entre os horizontes temporais avaliados pela pesquisa. As avaliações sobre o momento atual atingem o maior nível desde o período anterior à pandemia, impulsionadas por um mercado de trabalho aquecido e pela melhora da renda das famílias. Apesar do desempenho mais positivo em 2024, as expectativas encerram o ano abaixo do nível registrado em dezembro do ano passado. As incertezas sobre o cenário de 2025, especialmente em relação a fatores como câmbio, taxa básica de juros e o cenário fiscal, que afetam o varejo, continuam a preocupar os empresários", avaliou Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em dezembro, houve alta da confiança em dois dos seis principais segmentos do setor, puxada pela melhora da avaliação sobre o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 5,0 pontos em dezembro, para 99,9 pontos, maior nível desde março de 2020. O Índice de Expectativas (IE-COM) encolheu 3,5 pontos, para 87,2 pontos.

Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o item que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses subiu 0,2 ponto, para 88,8 pontos, segunda alta consecutiva, enquanto as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuíram 7,2 pontos, para 86,0 pontos.

No ISA-COM, o item que avalia o volume de demanda atual teve elevação de 2,2 pontos, para 98,0 pontos. As avaliações sobre a situação atual dos negócios aumentaram 7,5 pontos, para 101,7 pontos, maior nível desde março de 2020.

A confiança do comércio encerrou o quarto trimestre com resultado 1,6 ponto acima do trimestre anterior. A FGV ressalta ainda que o indicador de confiança mostrou avanços ao longo de 2024, encerrando o ano em nível superior ao registrado no final de 2023. A melhora foi observada, principalmente, na avaliação sobre a situação atual, "refletindo recuperação mais consistente no ano, com queda apenas no terceiro trimestre".

"Em 2024, o cenário tem sido relativamente mais favorável para o varejo, com as avaliações sobre o momento mais positivas e já superando os níveis observados antes do desastre ambiental de maio, embora as expectativas ainda apresentem oscilações", completou Veloso.

A Sondagem do Comércio de dezembro coletou informações de entre os dias 1º e 23 do mês.

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