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Eleições mexem com a rentabilidade do Tesouro Direto

24/10/2014 11h06

SÃO PAULO – As pesquisas eleitorais e expectativa para as próximas eleições presidenciais tem causado muita instabilidade nas taxas de juros futuras e mexendo com o preço dos títulos públicos negociados por meio do programa Tesouro Direto.

Apenas no mês de outubro, em oito ocasiões as negociações do Tesouro Direto foram suspensas ou abriram com atraso por conta da forte instabilidade dos juros.

Nos últimos dias, com pesquisas mostrando a presidente Dilma Rousseff (PT) à frente na disputa presidencial, os contratos de juros futuros registraram alta. Com isso, os títulos prefixados e as NTN-B estão pagando prêmios maiores.

Nesta sexta-feira (24), a NTN-B com vencimento em 2050 pagava 6,17% ao ano mais a inflação pelo IPCA. Já a NTN-B Principal com vencimento em 2035 oferecia um retorno de 6,11% mais a inflação.

Nos prefixados, a LTN com vencimento em 2018 paga 12,45% nesta sexta-feira, enquanto a que vence em 2017 tem retorno de 12,38%. O título mais longo, para 2025, paga 12,26%.

Cuidado com a instabilidade

O aumento dos juros futuros pode indicar um bom momento para comprar títulos públicos prefixados, mas é importante tomar cuidado com a instabilidade deles. Os investidores que carregam a aplicação até o seu vencimento sempre ganham o valor que foi acordado no momento da compra. No entanto, se optar por vender antes, você pode ter prejuízos.

O preço dos título oscila de acordo com a procura do mercado. A queda (ou aumento) dos juros é um dos principais fatores que impactam na instabilidade de um título público. Além disso, quanto mais longo for o título, maior será a sua oscilação no mercado durante a vigência.

Quando os juros futuros sobem, a tendência é que os títulos prefixados e os atrelados à inflação percam valor de mercado, como aconteceu no mês passado. As NTN-B com prazo mais longo, por exemplo, registraram queda de quase 15% em setembro.