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Brasil deve expandir geração de energia eólica nos próximos anos

01/02/2016 11h34

SÃO PAULO - A capacidade de geração de energia eólica no Brasil deve passar de 8,7 mil megawatts (MW), para 24 mil MW nos próximos oito anos. A estimativa do governo é que em 2024 o parque eólico brasileiro responda por 11,5% de toda a energia gerada pelo país. Até o fim de 2016, a capacidade instalada deve chegar a 11 mil MW, de acordo com projeções feitas pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica).

Entre novembro de 2014 e novembro de 2015 a capacidade instalada de energia eólica no Brasil cresceu 56,9% em relação aos 12 meses anteriores, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. No ano passado, foram inauguradas mais de 100 usinas eólicas no país, com investimentos de R$ 19,2 bilhões. Atualmente, existem 349 usinas eólicas instaladas no País, a maioria na região Nordeste.

Em entrevista à Agência Brasil, Elbia Gannoum, presidente da Abeeolica, destacou o desempenho do Brasil nesse segmento. “A energia eólica no Brasil é algo razoavelmente novo e essa indústria foi construída com bases muito sólidas porque temos um recurso eólico muito bom no Brasil, um dos melhores do mundo e, ao entender e saber explorar esse recurso nós colocamos a eólica em uma situação de vantagem competitiva muito grande”, avalia.

Um dos entraves para a implementação de usinas eólicas no País era o custo elevado. Hoje, é a segunda fonte de energia mais barata, atrás da energia hidrelétrica. “A eólica já chegou no seu grau máximo de competitividade, quando se tornou a segunda energia mais barata do Brasil em 2011”, diz Elbia.

Segundo ela, atualmente cerca de 70% dos equipamentos utilizados na geração de energia eólica no Brasil são produzidos no país. “Ao construir essa cadeia produtiva somando ao recurso dos ventos, nós temos um potencial eólico disponível para atender as necessidades do Brasil”.

Os parques instalados atualmente possuem cerca de 87,5 mil hectares arrendados e 3% destas áreas são ocupadas com os equipamentos eólicos. O restante pode ser utilizado para agricultura, pecuária, piscicultura entre outras atividades.