Estudo relaciona mulheres em cargos de liderança a lucro maior nas empresas
SÃO PAULO – Uma pesquisa divulgada nesta semana demonstrou que empresas que incentivam a diversidade de gênero nas posições de liderança costumam ter melhores resultados financeiros.
O Peterson Institute for International Economics, uma instituição sem fins lucrativos, em parceria com a EY, antiga Ernst & Young, pesquisou 21.980 empresas em 91 países e concluiu que “a presença de mulheres na liderança de uma corporação pode melhorar o desempenho da empresa”.
Embora não haja conclusões sobre mulheres CEOs estarem associadas à performance positiva de uma empresa, a pesquisa afirma que um aumento de zero para 30% de mulheres em posições de alto escalão se associa a um aumento de 15% na lucratividade.
O estudo cita, inclusive, uma pesquisa realizada pela McKinsey em 2015 que estima que se as mulheres conseguissem paridade trabalhista com relação aos homens, a economia cresceria 25%.
Apesar disso, boa parte das empresas não são diversas neste sentido: quase 60% das companhias não possuíam mulheres em seus conselhos administrativos e mais de 50% não tinha mulheres em posições executivas.
Diversidade não pode ser imposta
Mesmo com os resultados de desempenho, o estudo sugere que é importante estabelecer o espírito de liderança feminina desde o colégio, e não necessariamente por meio de cotas em posições de alto escalão.
“Mais importante do que alcançar a diversidade por meio de decretos é desenvolver verdadeiras políticas em educação, contra a discriminação, cuidados infantis, coisas desse tipo”, diz a pesquisa.
O estudo também mostrou que empresas com políticas de paternidade mais presentes eram as que tinham maior participação feminina na liderança. O auxílio do pai nos cuidados com os filhos ajuda as mulheres a conseguirem balancear a maternidade e a carreira, atingindo assim as posições de chefia.
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