Ambiente regulatório atual reduz velocidade de crescimento do agronegócio
SÃO PAULO - O ambiente regulatório complexo, confuso e burocrático existente hoje em relação a questões fiscais, ambientais, fundiárias, trabalhistas, entre outras, reduz a velocidade de crescimento do agronegócio brasileiro. O diagnóstico é do professor da FEA/USP, Marcos Fava Neves, que participou no final da semana passada, em São Paulo (SP), de seminário, no Demarest Advogados, que discutiu o quadro regulatório do País.
De acordo com Fava Neves, o agronegócio brasileiro será um dos grandes vencedores vinculados ao crescimento da demanda mundial por produtos agrícolas, estimado para os próximos dez anos por instituições de renome internacional, como a OCDE e o USDA.
Todavia, segundo ele, o cenário regulatório vigente se configura em uma séria ameaça à competitividade do produto brasileiro no exterior. “A demanda mundial está dada, ela vai se concretizar. Vai se sair melhor quem conseguir fazer mais com menos, e isso, no nosso caso, passa impreterivelmente por um ambiente regulatório diferente do atual”, diz.
Agronegócio de contratos
O professor explica que conforme o quadro regulatório se torna mais simples, objetivo e claro, a pavimentação de um agronegócio baseado cada vez mais em contratos ganha força. E, de acordo com Fava Neves, cadeias produtivas baseadas em contratos dão mais segurança, previsibilidade e qualidade aos negócios, o que naturalmente resulta em ganhos de competitividade para todos.
No que diz respeito às projeções de consumo, Fava Neves destaca, ainda, que os principais compradores de produtos de base agrícola [alimentos, energia, fibras] continuarão sendo os já tradicionais importadores asiáticos, com as nações africanas se juntando gradativamente a este grupo. “O consumo global de grãos, por exemplo, vem crescendo anualmente a uma taxa próxima a 30 milhões de toneladas.”
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