“Má sorte e má execução”, escreve BTG sobre desempenho de queridinha da Bolsa
SÃO PAULO – A equipe de análise do BTG Pactual divulgou relatório em que recomenda compra para os papéis da BRF (BRFS3). Os analistas ainda estimam, para os próximos doze meses, um preço-alvo de R$ 63,00 para os papéis da companhia, o que totaliza um potencial de valorização de 27,56% em relação ao fechamento do dia 18 de abril de 2016.
Em relação às expectativas dos analistas para os resultados da empresa referentes ao primeiro trimestre de 2016, os analistas comentam que a empresa deve trazer um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) estável em R$ 1 bilhão.
No entanto, a margem EBITDA deve recuar para 12,3%, puxada especialmente pelas menores margens esperadas nas operações domésticas e internacionais da companhia. Já as receitas devem crescer 7,5%, chegando a R$ 8,1 bilhões, ficando atrás da inflação e não se aproveitando da alta do dólar em relação ao real.
Para os analistas, muitas variáveis chave parecem ter conspirado contra a BRF, incluindo o ciclo de queda do preço de carne de aves, alta dos preços do milho no Brasil, perda de participação de mercado no Brasil e no exterior e terrível demanda de consumo no Brasil.
“Má sorte e má execução”, comenta a instituição financeira, que ainda cortou suas estimativas para o papel e afirma que ele não é mais uma “top pick”. A equipe de análise explica que existem vários que preocupam no cenário da empresa, mas, mesmo assim, seguem com a recomendação de compra na expectativa de que o segundo semestre desse ano traga ciclos mais favoráveis à empresa.
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