Tem um dinheiro sobrando? Veja 4 aplicações para R$ 1.000

SÃO PAULO – Você conseguiu guardar um dinheiro, cerca de R$ 1.000, ou até menos, e vê nesse momento uma oportunidade de investir.
Existem investimentos que rendem bem mais que a poupança. Assessores financeiros dão dicas para aplicar o seu dinheiro, começando com valores não tão altos.
Tesouro Selic
Você empresta dinheiro ao governo, que empresta seu dinheiro para outras pessoas e paga juros. “É uma ótima opção para quem não tem um valor inicial muito alto, a partir de R$ 30 já é possível investir”, afirma a assessora de investimentos da Praisce Capital, Licelys Marques. Segundo ela, essa aplicação rende muito mais que a poupança, mas é importante prestar atenção nas taxas que serão cobradas pelo banco ou corretora e avaliar o retorno.
André Albo, assessor de investimento da Alta Vista Investimentos, concorda com a assessora. “De fato vale muito a pena, devido a liquidez diária e por poder ser resgatado a qualquer momento. Pode funcionar como um fundo de emergência a curto prazo”, afirma Albo. Ele alerta que o Tesouro Selic não é isento do Imposto de Renda, mas mesmo assim rende mais que a poupança.
Tesouro IPCA
Já o assessor financeiro Max Scatimburgo, da Atlas Invest, avalia que o tesouro IPCA é mais indicado nessa situação e é específico na orientação: "Se esses R$ 1.000 fossem meus e eu tivesse algum prazo, iria para a NTN-B 2019", afirma. Segundo ele, a rentabilidade real é muito boa se você levar o título ao vencimento.
O NTN-B 2019 é um título cujo rendimento é composto por duas parcelas: uma taxa de juros prefixada e a variação da inflação (IPCA), com vencimento em 2019.
"Mas, se o mercado melhorar, como eu acredito, o [ajuste] fiscal sendo encaminhado, inflação diminuindo e o Banco Central baixando os juros, a taxa vai baixar. É um risco bem razoável e uma rentabilidade muito boa", afirma o assessor da Atlas Invest.
Fundo DI
O Fundo DI é atrelado ao CDI (Certificados de Depósito Interbancário). “O fundo de investimento funciona como uma associação de investidores que juntam dinheiro para ter um volume maior e conseguir um investimento melhor e que renda mais para todos”, explica a assessora de investimentos da Praisce.
Os assessores orientam para que você analise bem as taxas de administração cobradas pelo banco ou corretora. “Uma taxa que vale a pena não passa de 1%”, e mesmo assim não rende tanto como poderia com uma taxa menor, segundo Marques.
Por isso, Scatimburgo alerta que "uma taxa de 0,5% já impacta bastante o rendimento". Segundo ele, é preciso muito cuidado e uma avaliação longa.
"A questão do Fundo DI é que os bancos costumam colocar uma taxa de administração muito alta em aportes mínimos e aí não compensa o retorno do investimento", afirma Scatimburgo.
"Não é porque é um investimento conservador que você pode sair investindo sem avaliar os riscos", diz o assessor da Atlas Invest.
Bem como o Tesouro, o fundo DI não é isento de Imposto de Renda, mas rende mais que a poupança, segundo a assesssora da Praisce.
Previdência
Uma outra opção, mas essa a longo prazo, é a Previdência. A assessora afirma que essa opção não é a melhor para resgaste, mas que no longo prazo vale e muito. “Se você investir R$ 100 por mês, depois de uns 20 ou 30 anos é muito interessante”, afirma Marques.
Já Albo afirma que é um ótimo investimento. “A previdência é a melhor opção para aqueles que não tem a disciplina de guardar dinheiro”, afirma. Segundo ele, essa opção permite o débito automático, “o que facilita guardar R$ 100 todo mês garantindo que isso aconteça, porque sai direto da sua conta. É mais fácil de continuar poupando e investindo”, explica Albo.
No entanto, “você deve avaliar a taxa de administração e de carregamento da Previdência”, alerta o assessor financeiro. "A taxa de carregamento incide sobre cada depósito que é feito no investimento. Ela serve para cobrir despesas de corretagem e administração", explica e se você precisar do dinheiro para uma emergência não é uma boa opção.
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