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Os piores conselhos que 5 empreendedores receberam e o que eles aprenderam

19/09/2016 11h39

SÃO PAULO – Ignorar um conselho que você considera ruim é fácil. No entanto, esse mesmo conselho pode servir para te alertar sobre os rumos da sua carreira ou pode servir como motivação para melhorar seu negócio cada vez mais.

Empreendedores de sucesso só chegaram onde estão hoje porque assumiram riscos e pensaram de forma diferente, inclusive sobre os palpites que não gostaram sobre sua carreira. Ao invés de se abater com a falta de estímulo de alguns, grandes empreendedores usaram esses conselhos ruins como ferramenta motivacional e seguiram com seus negócios trasnformando-os em empreendimentos bem-sucedidos. 

O site Business Insider fez uma seleção dos piores conselhos que grandes empreendedores como os integrantes do "Turabões do Mercado" Mark Cuban e Barbara Corcoranm e Sallie Krawcheck já receberam. 

Veja a lista de conselhos ruins e o que cada empreendedor aprendeu:

1. "Não dedique seu negócio para um mercado muito segmentado"

Sallie Krawcheck era CEO da Merrill Lynch Wealth Management e foi demitida como parte da reestruturação feita pelo Bank of America em 2011, e em vez de permanecer em Wall Street, ela decidiu abrir seu próprio negócio. 

Seu empreendimento mais recente é a Ellevate, uma plataforma de investimentos digitais feita para mulheres. Com sua pesquisa, ela mostrou não só que as mulheres investem diferente dos homens, mas também que seus anos como uma das mulheres mais experientes de Wall Street proporcionaram a ela uma chance de capacitar as mulheres no ramo da indústria.

Em seu blog, ela disse que um dia alguém lhe falou: "Não comece a Ellevate. Você não vai querer limitar o seu negócio para um nicho de mercado apenas com mulheres". Ela provou que estavam errados.

Ou seja, desenvola sua ideia e se mantenha firme sobre suas decisões.  

2. "Siga sua paixão"

Uma das estrelas do time de empreendedores dos “Tubarões do mercado” Mark Cuban é contra a ideia de seguir sua paixão no negócio. Cuban afirmou que o pior conselho que já recebeu de outras pesssoas foi “siga sua paixão”.

Segundo ele, todos têm suas paixões, mas nem sempre seguir essa intuição funciona no mundo dos negócios. “Ser esforçado ao invés de seguir sua paixão pode ser muito mais proveitoso do que se arriscar em algo só porque você gosta muito”, afirmou o empreendedor.

Ou seja, enteda a diferença entre seu trabalho e seu hobby. 

3. "Você não conseguirá nada sozinho"

Barbara Corcoran, outra integrante dos “Tubarões de Mercado” começou uma empresa imobiliária com o seu namorado em 1973. Tempos depois a relação terminou e ela decidiu que a empresa deveria ser dividida. O namorado não ficou muito feliz.

“Ele me disse: você nunca terá sucesso sem mim”, afirmou Corcoran. “Essas foram as piores, mas ao mesmo tempo, as melhores palavras que ele podia ter dito”, conta.

Segundo ela, esse conselho ficou marcado. “Isso foi o que me fez seguir em frente, confiar em mim mesma e manter meu negócio”, afirma.

4. "Construa seu networking rapidamente"

Ramit Sethi é o fundador do site de finanças pessoais e de carreiras "I will teach you to be rich". Certa vez, ele se deparou com o conselho: "Se você vai para uma entrevista de emprego em uma empresa que sempre sempre quis, você precisa de cartões de visita em seu bolso em todos os momentos, de modo que você possa entregar para potenciais contatos". Mas, ele discorda dessa dica. “Não é assim que você constroi sua rede de contatos”.

"Se você foi à procura do emprego dos sonhos, a primeira coisa que você precisa não é uma rede de contatos enorme. Deve ir aos poucos entendendo como funciona a dinâmica da empresa, fazendo seu trabalho e com o tempo os contatos vão aumentando. Rede de contatos é importante, mas é mais importante ainda saber usá-la”, afirma Sethi.

Ou seja, administre sua carreira para construir uma rede de contatos que realmente seja útil.

5. "Iniciar um negócio em meio a concorrentes grandes vai dar errado"

Samuel Adams, o co-fundador da Boston Beer Company e pai do presidente da empresa tentou convecer o filho, Jim Koch, que as pessoas que estavam consolidadas no mercado iriam dificultar e muito a vida dos iniciantes.

Seu filho, no entanto não ouviu os conselhos bem-intecionados do pai e não se abateu, construiu uma empresa de bilhões de dólares que hoje corresponde a 1% do total de vendas de cervejas no Estados Unidos. O número é relevante levando em conta que a indústria é dominada por empresas gigantes como a AB InBev que controla cerca de 90% das vendas de cerveja no país.

Começar um negócio já consolidado com concorrentes fortes pode condenar sua ideia, mas Koch sabia que havia espaço para sua cerveja e decidiu concentrar seus esforços em ganhar espaço nesse mercado concorrido. E conseguiu.