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GPA e Carrefour avançam com aumento nas vendas no 1º semestre e espera por Selic

30/07/2019 13h55

As ações do Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) são negociadas com ganhos de 3,57% a R$ 93,95, assim liderando os ganhos do Ibovespa. Já as do Carrefour Brasil (SA:CRFB3) somam 1,61% a R$ 23,30. Os papéis reagem de forma positiva na expectativa de um corte na taxa Selic e também com o desempenho positivo do setor no primeiro semestre.

Nos primeiros seis meses do ano, as vendas dos supermercados no país tiveram um avanço de 2,64%, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os números chamam a atenção pelo desempenho de junho, com salto de 4,04% do mesmo período do ano passado, quando o resultado foi impactado pela greve dos caminhoneiros.

Já na comparação com maio, o avanço no sexto mês do ano foi de 0,39% nas vendas. A entidade manteve a perspectiva de alta nas vendas para 2019 em 3,0%, mesmo diante de um cenário econômico ainda deteriorado.

O presidente da Abras, João Sanzovo Neto, destacou que a entidade chegou a avaliar a possibilidade de rever os números, mas resolveu manter com as recentes decisões da liberação do FGTS e do PIS/Pasep, além de outras medidas do governo para destravar a economia.

Selic

O mercado trabalha com uma redução na Selic de pelo menos 0,25 ponto percentual na quarta-feira, com alguns analistas esperando um corte ainda maior, de 0,50 ponto percentual. A certeza é que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve retomar o ciclo de flexibilização monetária neste segundo semestre. Os fatores que devem levar a essa decisão são o nível de atividade fraca, inflação em patamares confortáveis e aprovação da reforma da Previdência em 1º turno no plenário da Câmara dos Deputados.

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De acordo com o último Boletim Focus, a estimativa de crescimento continua abaixo de 1% para este ano, em 0,82%. No início do ano, os economistas projetavam crescimento de 2,53%. Além disso, o índice oficial de inflação (IPCA) deve encerrar o ano em 3,82%, abaixo do centro da meta de 4,25%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em relação à reforma da Previdência, a sua não-aprovação era apontada pelo Copom, em comunicados após as reuniões, um risco relevante para escalada inflacionária.