Falta Coca-Cola em bares de SP; empresa culpa calor e rodízio de caminhões

Bares estão tendo dificuldades para comprar Coca-Cola em São Paulo. O UOL falou com gerentes e donos de 10 estabelecimentos na zona oeste da capital paulista. Desses, sete disseram que tiveram algum problema nos últimos 30 dias com as encomendas feitas à Femsa, uma das engarrafadoras do refrigerante no Brasil.

Somente três contaram que não tiveram dificuldades para os seus pedidos serem atendidos.

A Femsa disse, em nota, que a situação “se deve aos longos períodos de altas temperaturas climáticas, o que gera aumento de demanda, e às novas regras de restrições para circulação de caminhões na cidade de São Paulo.”

Os problemas variam entre os estabelecimentos. Sérgio Souza Dantas, gerente de um bar na esquina das ruas Cunha Gago e Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros, disse que está sem receber o produto da Coca-Cola há um mês.

Ele diz que os vendedores vão ao local e anotam os pedidos, mas não aparecem para entregá-lo. “Quando eu ligo, ficam passando o telefone para todo mundo e ninguém me dá uma resposta do que está acontecendo”.

Francisco Almeida, responsável pelas compras de um bar na rua Cunha Gago, diz que passou quase três semanas sem receber o produto. Nesta semana, ele conseguiu a sua primeira encomenda desde o Carnaval.

A solução dos bares para o cliente não reclamar foi comprar Coca-Cola das adegas da região, aumentando seus gastos com mais um intermediário. Segundo lojistas, o preço de uma lata de Coca-Cola comprada diretamente da empresa é de R$ 1,39. Já a comprada na distribuidora custa R$ 1,50, um acréscimo de 8% no preço.