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Compare 7 franquias de lingerie com custo inicial a partir de R$ 170 mil

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

14/12/2012 06h00

Grandes fabricantes de lingerie estão apostando nas franquias para ter acesso direto aos consumidores, criando, assim, mais uma oportunidade de investimento para os empreendedores. Para quem quer abrir o negócio próprio, contar com o apelo de marcas conhecidas no mercado, como Scala, Hope e Puket, ajuda a atrair clientes.

No entanto, é necessário ficar atento ao suporte oferecido pela franqueadora e às questões financeiras. Para uma loja Scala, o investimento é de R$ 345 mil; para Hope e Puket, é de R$ 350 mil.

Além das marcas tradicionais, há novidades no setor. Uma delas é a Outlet Lingerie, que vende peças de coleções passadas de grandes fabricantes por preços mais baixos. O investimento inicial para uma loja da rede também é menor, de R$ 170 mil. A Casa das Calcinhas, de revenda multimarcas, tem investimento inicial de R$ 200 mil e as marcas próprias Jogê e Darling, custam a partir de R$ 350 mil e R$ 360 mil, respectivametne.

Maurício Michelotto, fundador da Outlet Lingerie, diz que identificou a oportunidade de negócio graças aos seus 28 anos de experiência como executivo de grandes fabricantes de lingerie. “As indústrias não sabiam o que fazer com peças antigas, que iam para magazines populares do Norte e do Nordeste e eram vendidas em bancas. Isso maltratava a marca e as peças.”

Relacionamento antigo com fabricantes viabilizou a Outlet Lingerie

Quando formatou o seu negócio, há quatro anos e meio, ele contou com o apoio dos fabricantes, que gostaram da solução para o problema das peças antigas. Graças aos seus contatos nas empresas, ele consegue negociar preços baixos para sua rede e diz que não faltam peças para abastecer as nove lojas próprias e 31 franquias.

“Hoje, as indústrias já fabricam com um nível de excedente que permite distribuir peças para todas as lojas com todas as opções de modelos, tamanhos e cores”, afirma.

A Outlet Lingerie trabalha com grandes marcas a preços menores e, por isso, segundo Michelotto, tem um ticket médio mais alto do que outras lojas do ramo. “As clientes gastam mais porque entendem que é uma oportunidade de compra, que não encontrarão aquele produto em outro lugar, nem por aquele preço”, declara. A rede possui também uma coleção exclusiva de lingeries desenvolvida pela Nu.Luxe e feita com retalhos de coleções passadas.

O objetivo da rede é fechar 2013 com 80 lojas e ter 150 até 2015, mantendo a venda de peças antigas de outros fabricantes e apostando também em coleções próprias.

Franqueadora deve suprir deficiências do empreendedor

Claudia Bittencourt, diretora-executiva do Grupo Bittencourt, consultoria especializada em franchising, diz que o investidor tem que entender um pouco o mercado antes de abrir uma franquia na área. Conhecer o perfil da consumidora que quer atingir e o quanto ela está disposta a gastar.

“Uma marca famosa por si só não vai trazer resultados. É importante ter uma equipe de vendas bem treinada, boa localização e uma loja atrativa. Os consumidores hoje querem ter experiências, então, o ponto de venda tem que oferecer isso”, afirma.

Segundo Bittencourt, é importante avaliar o suporte oferecido pela franqueadora antes de optar uma marca. “Nem sempre uma marca consolidada se estruturou adequadamente para suprir as necessidades do franqueado. Veja se o que ela oferece é suficiente para suprir suas carências como empreendedor e observe também a viabilidade financeira do negócio e se atende às expectativas de remuneração”, declara.