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Preço do tomate cai mais de 10% em maio, e alimento deixa de ser vilão

Matheus Lombardi

Do UOL, em São Paulo

07/06/2013 11h15Atualizada em 07/06/2013 11h52

O preço do tomate, que foi o maior vilão da inflação nos últimos meses, caiu mais de 10% em maio, registrando o maior impacto negativo no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do país subiu 0,37% em maio, a menor taxa para um mês desde junho de 2012, quando tiveram início os reajustes mais intensos dos alimentos.

A forte pressão inflacionária da categoria no início do ano parece estar perdendo força. Em maio, a alta registrada dos alimentos foi de 0,31%, contra 0,96% em abril.

A inflação se tornou o principal tema econômico no Brasil nos últimos meses. O preço do tomate virou motivo de piada, e o produto teve até mesmo o consumo desestimulado por donos de restaurantes.

Além do clima ter prejudicado a safra, os baixos preços do tomate nos últimos anos desestimulou agricultores a cultivar o produto. Essa combinação fez o preço do alimento disparar.

Mesmo com a queda em maio, o tomate ainda acumula alta de 96% em 12 meses, e de 55% no ano.

Alta no preço dos alimentos afeta principalmente famílias de baixa renda

A população de baixa renda é quem mais sofre com o alta no preço dos alimentos. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação das famíliasque recebem até cinco salários mínimos, registra alta de 6,95% em 12 meses.

A inflação tem preocupado o governo nos últimos meses, chegando a afetar a popularida da presidente Dilma Rousseff. Pesquisas internas encomendadas pelo Planalto, segundo reportagem da Folha, já indicaram uma piora.

O Banco Central elevou a taxa de juros para manter a inflação sob controle, mas a recente alta do dólar ameaça aumentar os preços de bens importados.

O dólar subiu 7% no mês passado para o maior nível em quatro anos como parte de uma tendência global de valorização da moeda norte-americana. Embora analistas afirmem que ainda é cedo para ver um impacto significativo sobre a inflação, integrantes do BC já disseram várias vezes neste ano que uma moeda mais estável era crucial para o cenário de inflação.

A projeção mediana de economistas de instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC estima a inflação em 5,8% ao final do ano.

Inflação acumulada em 12 meses

  • Fonte: IBGE

(Com agências)