Indústria da China tem pior resultado em 9 meses, mostra pesquisa
O desempenho da indústria da China em junho atingiu o menor nível em nove meses, mostra pesquisa de Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), realizada pelo instituto Markit e HSBC. Foi o pior resultado desde setembro do ano passado. Uma outra pesquisa, feito pelo governo chinês, também registrou queda no índice.
Economistas disseram que os dois índices PMI reforçaram suas preocupações de que a desaceleração econômica da China pode se aprofundar, especialmente com Pequim mostrando-se cada vez mais relutante em adotar medidas para estimular o crescimento.
"A economia chinesa ainda está lutando no seu mínimo", disse o economista-chefe para China do JPMorgan em Hong Kong, Haibin Zhu.
A pesquisa PMI realizada pelo instituto Markit e patrocinada pelo HSBC atingiu o menor valor em nove meses, indo para 48,2 em junho (estava em 49,2 em maio).
O PMI oficial da China caiu para 50,1 em junho ante 50,8 em maio. Esse índice indica crescimento quando está acima de 50 pontos. A última vez em que o número ficou abaixo de 50 foi em setembro do ano passado.
Ainda assim, os líderes chineses parecem confortáveis com o ritmo mais lento de crescimento do país, com o presidente Xi Jinping afirmando durante o fim de semana que autoridades não devem mais ser consideradas "heróis" se buscarem crescimento econômico a qualquer custo.
As pesquisas mostraram fraqueza das demandas doméstica e externa.
As novas encomendas no PMI oficial caíram para uma mínima de quatro meses de 50,1 em junho. Diferentemente de meses anteriores, o país não publicou uma leitura para as novas encomendas de exportação neste mês, sem explicar o motivo.
O PMI do HSBC/Markit, que foca empresas menores e exportadoras, mostrou que as novas encomendas em junho despencaram para o menor nível desde outubro, mesmo depois de os produtores terem reduzido os preços para melhorar as vendas.
A pesquisa do HSBC também mostrou que as novas encomendas de exportação encolheram em junho no ritmo mais rápido desde setembro uma vez que os clientes nos Estados Unidos e na Europa reduziram as compras mesmo depois de os produtores chineses terem repassado custos menores.
(Com informações da Reuters)
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