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Ações de Eike Batista despencam e valem menos que um pão

Matheus Lombardi

Do UOL, em São Paulo

12/07/2013 17h21

As ações das empresas do bilionário Eike Batista despencaram mais um dia na Bolsa e já valem menos que um pão francês. Cada ação da petrolífera OGX (OGXP3) está avaliada em R$ 0,43, enquanto nas padarias de São Paulo e Rio de Janeiro o pãozinho é vendido por R$ 0,50, em média. Nesta sexta-feira (12), os papéis da empresa desabaram 21,82%.  

Eike Batista em tempos de crise

O UOL ligou para panificadoras do bairro Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro, onde reside o bilionário. Por lá, um pãozinho é vendido por R$ 0,65, em média. Em São Paulo, na região da Avenida Paulista, a unidade do pão é vendida por cerca de R$ 0,60.

Em outubro de 2010, quando atingiu seu maior patamar, os papéis da OGX chegaram a ser avaliados em R$ 23,27, o que daria para comprar mais de 45 pães. No período, a queda registrada pelas ações é de 98,15%.

A ANP anunciou que pode tomar de volta os três poços de Tubarão Azul, da OGX. No início do mês, a empresa havia desacreditado um aumento da produção. A OGX disse ainda que a extração poderá parar no ano que vem, citando que no momento não há tecnologia capaz de viabilizar os investimentos adicionais.

Com a falta de resultados e o pessimismo em relação ao futuro do grupo EBX, o mercado vem castigando todas as ações das empresas do grupo EBX.

Outras empresas do grupo EBX

A mineradora MMX (MMXM3) despencou 20,95% no dia, e fechou cotada a R$ 1,17. A empresa de logística LLX (LLXL3) desabou 22,35%, a R$ 0,66.

As outras ações do grupo não fazem parte do principal índice da Bolsa: a OSX (OSXB3), de construção naval, perdeu 18,52%, a R$ 1,10; a CCX (CCXC3), mineradora de carvão, caiu 7,5%, a R$ 0,74; e a empresa de energia, MPX (MPXE3), subiu 0,69%, a R$ 7,30.

Mais rico do mundo

Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.

De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.

(Com agências)