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Economia dos EUA cresce 1,7% no 2º trimestre e supera expectativas

Linsley Brennan/AP
Imagem: Linsley Brennan/AP

Do UOL, em São Paulo

31/07/2013 09h47

O crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou inesperadamente no segundo trimestre, estabelecendo uma base mais firme para o resto do ano que pode levar o Federal Reserve, (Fed, o banco central do país), mais perto de reduzir seu estímulo monetário.

O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 1,7%, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira, acelerando ante a leitura revisada para baixo do primeiro trimestre de 1,1%.

A recuperação nos gastos empresariais, o crescimento das exportações e forte moderação no ritmo de queda nas despesas do governo impulsionaram o crescimento econômico no período de abril a junho, compensando a desaceleração nos gastos do consumidor e a taxa estável de acúmulo de estoques.

Mesmo assim, o relatório marca o terceiro trimestre consecutivo de crescimento do PIB abaixo de 2%, um ritmo que normalmente seria muito fraco para diminuir o desemprego. Mas o crescimento deve ganhar ainda mais ímpeto no segundo semestre deste ano, à medida que o fardo fiscal trazido pelo aperto em Washington se atenua.

As autoridades do Federal Reserve, lutando com uma decisão sobre o futuro do programa de compra de títulos de 85 bilhões de dólares ao mês, provavelmente irão observar a revisão para baixo do crescimento do primeiro trimestre, mas encontrarão conforto na aceleração da produção no último trimestre, quando eles concluírem a reunião de dois dias nesta quarta-feira.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, disse no mês passado que o banco central deve começar a reduzir as compras de títulos ainda neste ano, e provavelmente interrompê-las até meados de 2014, se a economia progredir como esperado.

Revisões

Somando-se à essência mais positiva do relatório, revisões abrangentes dos dados lançam a economia em um cenário melhor do que antes.

O governo tem implementado algumas mudanças ao modo que calcula o PIB. Por exemplo, os gastos com pesquisa e desenvolvimento serão agora tratados como investimento.

O crescimento econômico foi relativamente mais forte entre 2009 e 2012 do que anteriormente divulgado. De fato, a economia cresceu 2,8% no ano passado, 0,6 ponto percentual mais rápido do que o governo havia estimado anteriormente.

As revisões também mostram uma maior taxa de poupança, um bom presságio para os gastos do consumidor no futuro.

Os impostos mais altos, visto que Washington tenta encolher o déficit de orçamento do governo, prejudicaram os gastos do consumidor no segundo trimestre, mantendo a economia em um ritmo fraco de crescimento.

Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, desaceleraram para ritmo de crescimento de 1,8%, após terem subido 2,3% no primeiro trimestre.

(Com Reuters)