Brics terão US$ 100 bi para acalmar mercados após fim de estímulo dos EUA
O grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciou, nesta quinta-feira (5), a criação de um fundo com US$ 100 bilhões para manter as economias emergentes aquecidas. Outro objetivo é estabilizar os mercados cambiais, que têm se mostrado instáveis desde que surgiram rumores de que os EUA podem reduzir seu programa de estímulo econômico --o que reduziria a quantidade de dólares em circulação no mundo.
Do total, o Brasil contribuirá com US$ 18 bilhões, mesma quantia de Índia e Rússia. A China, detentora da maior reserva cambial do mundo, contribuirá com US$ 41 bilhões. A África do Sul terá a menor participação, de US$ 5 bilhões.
Fim do estímulo nos EUA preocupa investidores no mundo todo
Nos últimos meses, os investidores estão preocupados com a recuperação da economia dos Estados Unidos. Com os sinais de que o país está superando a crise, o banco central do país, o Federal Reserve (Fed), começou a avaliar uma redução em seu programa de estímulos.
Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões nos mercados, em um programa conhecido como QE3. Sem essa enxurrada de dólares e com juros mais altos nos EUA, os investidores tendem a preferir opções consideradas mais seguras, e tirar recursos de países emergentes.
Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Fed alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.
Melhora da economia dos EUA antecipa fim dos estímulos
Nos últimos meses, o banco tem reforçado a ideia de que uma recuperação econômica mais forte no país pode levar ao fim da injeção de dinheiro, levando a uma migração de aplicações para ativos considerados mais seguros.
Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões todos os meses no mercado, que garantem um bom volume financeiro para negociações em todo o mundo.
A expectativa dos mercados é de que o Fed tome neste mês as primeiras medidas para reduzir estímulos monetários extraordinários, o que potencialmente terá enormes implicações para o sistema financeiro global, onde o dólar representa 62% das reservas de ativos.
A nação emergente que enfrenta o maior choque financeiro, Índia, recebeu simpatia limitada da China e da Rússia, já que ambas pediram por ações de política monetária para o país lidar com os deficits externos.
"Vemos dificuldades temporárias de alguns países Brics, principalmente dificuldades em termos de equilíbrio de balança de pagamentos", disse Zhu.
(Com Reuters)
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