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Brics temem que ataque à Síria possa prejudicar economia mundial

Do UOL, em São Paulo

05/09/2013 11h57Atualizada em 05/09/2013 14h31

Os membros dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) expressaram preocupação de que um ataque militar contra a Síria possa prejudicar a economia mundial, informou o governo russo, nesta quinta-feira (5).

"Foi notório, em meio ao diálogo dos Brics, que entre os fatores que podem afetar negativamente a situação da economia mundial estão as consequências de uma eventual intervenção externa sobre os assuntos sírios", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin. 

O QUE É E QUEM FAZ PARTE DO G20

O G20 foi criado em 1999, após crises financeiras na Ásia, na Rússia e na América Latina. Reúne os países ricos do G7 -EUA, Japão e Alemanha, entre eles- mas também países emergentes, como Brasil, China e Índia
África do SulAlemanhaArábia SauditaArgentina
AustráliaBrasilCanadáChina
CoreiaEUAFrançaÍndia
IndonésiaItáliaJapãoMéxico
Reino UnidoRússiaTurquiaUnião Europeia

"Tais consequências podem ter um efeito extremamente negativo sobre a economia mundial."

Os líderes dos Brics se reuniram em paralelo à cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia. O evento reúne mandatários das 20 países principais economias do mundo.

A Rússia, anfitriã da cúpula do G20, se opõe a possíveis ataques militares lideradas pelos EUA contra a Síria. O objetivo da ação, segundo os EUA, seria punir o líder sírio, Bashar al Assad, por um suposto ataque com armas químicas.

O conflito na Síria pode ofuscar as negociações de cúpula do G20 sobre a economia global.

 

Brics terão US$ 100 bi para 'acalmar' mercados

O grupo dos Brics vai contribuir com US$ 100 bilhões para um fundo de combate que busca estabilizar os mercados cambiais afetados por uma esperada redução do estímulo dos Estados Unidos.

Do total, o Brasil contribuirá com US$ 18 bilhões, mesma quantia de Índia e Rússia. A China, detentora da maior reserva cambial do mundo, contribuirá com US$ 41 bilhões. A África do Sul terá a menor participação, de US$ 5 bilhões.

Com o crescimento da economia dos EUA, investidores temem o fim do estimulo mensal de US$ 85 bilhões do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos).

Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Federal Reserve alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.

(Com Reuters)