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Eike assina contrato que passa controle da LLX para americana por R$ 1,3 bi

Do UOL, em São Paulo

16/09/2013 10h32Atualizada em 16/09/2013 12h05

A LLX (LLXL3), empresa de logística de Eike Batista, assinou um acordo definitivo para receber investimento de R$ 1,3 bilhão da EIG Holdings, informou a companhia nesta segunda-feira (16). Em cerca de 20 dias, a empresa norte-americana se tornará controladora da LLX, que está construindo o porto do Açu, no Rio.

A EIG é uma gestora americana de fundos de investimento, especializada nos setores de energia e recursos relacionados a infraestrutura. Segundo nota sobre a operação divulgada pela LLX, a EIG tem atualmente, sob sua gestão, US$ 12,8 bilhões.

O acordo definitivo foi assinado no domingo (15) e formaliza um termo de compromisso que tinha sido firmado em meados de agosto.

Eike, atual acionista controlador, deixará de fazer parte da administração da empresa, mas continuará sendo um acionista relevante e preservará o direito de indicar um membro do conselho de administração, informou a LLX.

O acordo prevê, ainda, a alienação, para a LLX, da participação acionária de 30% detida indiretamente pelo acionista controlador na LLX Açu, que passará a ser uma subsidiária integral da companhia. 

"Acreditamos que ele (Porto do Açu) terá um papel fundamental no desenvolvimento da infraestrutura para prestação de serviços na área de energia e estamos ansiosos para concluir esse importante projeto", disse em comunicado à imprensa o presidente do grupo EIG, R. Blair Thomas.

Aumento de capital começa 'em breve'

Segundo a LLX, o investimento da EIG, que será realizado via aumento de capital da companhia, "será iniciado em breve".

As ações que serão emitidas em decorrência do aumento do capital terão o preço de emissão fixado em R$ 1,20, conforme anteriormente divulgado.

Os recursos permitirão à empresa de logística continuar as obras do porto do Açu, um arrojado projeto localizado no norte fluminense, previsto inicialmente para operações de minério de ferro e petróleo, entre outros produtos.

No início deste mês, o grupo siderúrgico Ternium anunciou sua desistência de construção de um polo de produção de aço no porto, numa decisão aguardada pelo mercado depois que a companhia ingressou no grupo de controle da Usiminas.

Em crise, Eike deixa comando de empresas

A conclusão do negócio com a EIG marcou a segunda vez em que Eike Batista aceita deixar o controle de uma das empresas do grupo EBX.

As empresas do bilionário enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores.

O empresário deixou a presidência do conselho de administração da empresa energia MPX (MPXE3), vendendo a maior parte da sua participação para a companhia alemã E.ON em julho.

Batista também negocia com o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, e com a trading europeia Trafigura, venda do controle do porto Sudeste, principal ativo da mineradora MMX (MMXM3), por US$ 400 milhões. O anúncio foi feito na semana passada e a expectativa é que um contrato definitivo seja assinado nas próximas semanas. 

(Com Reuters e Valor)