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TIM 'não é linguiça para ser fatiada', diz vice-presidente

08.ago.2012 - Mario Girasole, da TIM, participa de audiência pública no Senado - Alan Marques/Folhapress
08.ago.2012 - Mario Girasole, da TIM, participa de audiência pública no Senado Imagem: Alan Marques/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

25/09/2013 17h59Atualizada em 25/09/2013 18h24

A TIM "não é linguiça para ser fatiada", disse o vice-presidente de assuntos institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole. Ele referia-se à possibilidade levantada por analistas de mercado de dividir a TIM em três partes, uma para cada rival da operadora (Vivo, Claro e Oi), como forma de driblar as limitações regulatórias e antitruste no Brasil e fortalecer o caixa das empresas.

Na terça-feira (24), a Telefónica, dona da Vivo no Brasil, anunciou que negocia o controle da Telecom Italia, dona da TIM no país. O anúncio fez surgir rumores no mercado sobre uma possível venda da TIM Participações no Brasil.

A venda de parte ou de toda a operação da TIM no Brasil é vista por analistas como uma das soluções possíveis para reduzir uma dívida de aproximadamente 50 bilhões de euros da Telefónica.

Segundo Girasole, o acordo anunciado ontem pela Telefónica e seus sócios na Telco -o consórcio que controla a Telecom Italia- não significou mudança nenhuma para a operadora.

"Continuamos sendo a TIM e é preciso muito cuidado antes de especular sobre o futuro de uma empresa que tem uma atuação sólida no mercado brasileiro", afirmou.

Mais cedo, o presidente da Telecom Italia, Franco Bernabe, disse que descarta a possibilidade de vender as participações da companhia telefônica italiana no Brasil e na Argentina por considerar que isso representaria uma queda em suas perspectivas de crescimento.

Entrada da Telefónica na Telecom Italia foi aprovada em 2007

Conforme Girasole, o acordo assinado em 2007, quando a Telefónica entrou no capital da Telecom Italia, tem 13 mil folhas e recebeu 885 modificações. "Os reguladores brasileiros estão bastante preparados para analisar o caso", disse.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, evitou comentar desdobramentos da operação no mercado brasileiro.

"A Telefônica tem 30 dias, a partir do fato relevante publicado ontem, para apresentar um novo acordo de acionistas para a agência", disse Rezende. "Todo o resto [que se comenta] é especulação", afirmou.

(Com Valor)