• ENTRE
Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Eike Batista tem semana decisiva; OGX pode pedir recuperação judicial

Do UOL, em São Paulo

28/10/2013 12h17

O futuro dos negócios do empresário Eike Batista pode ser decidido ao longo desta semana. A grande aposta é que a petroleira OGX, que já foi a principal empresa do grupo de Eike, entre com um pedido de recuperação judicial (antiga concordata) já nos próximos dias.

As principais informações sobre as negociações da OGX com seus credores podem ser divulgadas ainda no início desta semana, de acordo com o jornal "Valor Econômico", e este seria o marco do final das conversas. Depois da publicação, a única saída possível para proteger a empresa da cobrança de suas dívidas (que totalizam US$ 3,6 bilhões) é o pedido de recuperação judicial.

É possível que outras empresas do grupo EBX também entrem com pedido de recuperação judicial, informa a colunista Mônica Bergamo, da Folha.

A recuperação judicial (antiga concordata) é um termo jurídico que caracteriza a possibilidade de reestruturação das empresas economicamente viáveis que passem por dificuldades momentâneas, mantendo os empregos e os pagamentos aos credores. Em outras palavras, é quando a empresa possui uma dívida e apresenta um plano para saldar suas obrigações.

Se for confirmado, este pode ser o maior caso de recuperação judicial já realizado na América Latina. Na última sexta, o jornal "Wall Street Journal" havia afirmado que a empresa já estava preparando a documentação necessária para entrar com o pedido de recuperação.

Dívidas

De acordo com o "Valor Econômico" desta segunda, só as dívidas com fornecedores chegam a US$ 400 milhões. Desse total, cerca de US$ 70 milhões são críticos para continuar com as atividades de produção.

Além disso, no começo deste mês, a OGX declarou que não pagaria US$ 45 milhões em remuneração de bônus, e tem tentado negociar uma saída com os detentores destes títulos no exterior.

O prazo final para as conversas se encerra no dia 3 de novembro. Enquanto não forem divulgadas as propostas, ainda há esperança de diálogo.

Petroleira em crise

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira.

No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos, antes consideradas promissoras.

Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de R$ 280 milhões ao governo por direitos exploratórios.

A OGX espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa.

A Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de US$ 850 milhões com a petroleira brasileira.

Seja o primeiro a comentar

Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.


publicidade