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Mantega reduz previsão de crescimento de 2,5% para 2,3% neste ano

Do UOL, em São Paulo

28/04/2014 11h03Atualizada em 28/04/2014 14h40

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (28) que o crescimento da economia brasileira deve ser de 2,3% neste ano, o mesmo resultado visto em 2013. A afirmação foi feita em evento em São Paulo.

A previsão oficial do governo brasileiro era de expansão de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, segundo dados do Orçamento.

Ao ser questionado por jornalistas se havia revisado o dado, o ministro respondeu: "Não, é uma previsão e uma previsão não é precisa. É algo como 2,3 (por cento) e 2,5 (por cento). Vamos revendo esse número à medida que tivermos resultados concretos", disse.

Ainda assim, a expectativa do governo continua mais otimista do que outras projeções.

O Banco Central acredita que a economia brasileira vá crescer 2% neste ano, segundo perspectiva divulgada em março, no relatório trimestral de inflação do BC. 

O FMI (Fundo Monetário Internacional) esperava que o Brasil crescesse 2,3% em 2014, mas reduziu essa perspectiva no começo de abril, para 1,8%.

Já economistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus desta semana esperam um crescimento de 1,65% neste ano.

Em fevereiro, ao comentar o desempenho da economia no ano passado, Mantega disse que o país continuaria com "crescimento moderado" em 2014 e culpou a política do Banco Central norte-americano pelas "turbulências" em 2013.

Crédito para o consumo está baixo, diz ministro

O crédito voltado ao consumo no Brasil está restrito e que, se não fosse isso, o PIB do país poderia estar crescendo "mais de 3%", disse Mantega.

O ministro afirmou que o crédito ao consumo nunca esteve tão baixo, apesar da inadimplência estar em níveis razoáveis.

A recuperação da economia mundial começou, mas caminha lentamente, de acordo com Mantega, e ainda há um caminho a percorrer para que essa recuperação global chegue ao Brasil. O ministro defendeu que o país está preparado para a retomada que acontece no mundo, e que terá bom desempenho nos próximos anos.

O ministro voltou a dizer que a meta de inflação --de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos-- será cumprida neste e nos próximos anos, e que o Banco Central tem autonomia para lidar com a política monetária.

(Com Reuters)

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