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Economia encolhe 0,11% em março e sobe 0,3% no trimestre, diz BC

Do UOL, em São Paulo

16/05/2014 08h34Atualizada em 16/05/2014 09h59

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado pelo mercado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, registrou queda de 0,11% em março na comparação com fevereiro.

No acumulado dos três primeiros meses do ano, no entanto, foi registrada uma alta de 0,3% no indicador, em relação ao quarto trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados pelo BC nesta sexta-feira (16).

Em janeiro, a expansão da economia pelo IBC-Br tinha sido de 1,47%, conforme revisão do BC. A alta de fevereiro também foi revisada pelo BC, de 0,24%, como havia sido anunciado, para 0,02%.

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária.

Projeções pessimistas

Para analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, a economia brasileira não consegue mostrar recuperação neste ano, afetada pelo desempenho fraco de setores importantes, como o industrial, e pela falta de confiança dos investidores.

O cenário também inclui a queda nas vendas do comércio, em meio à inflação elevada e crédito mais caro. Em pouco mais de um ano, o BC elevou a Selic, taxa básica de juros, de 7,5% para 11%.

"Considerando-se outros indicadores coincidentes, continuamos acreditando que o PIB do primeiro trimestre apresentará desaceleração ante o período anterior", afirmou em nota o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.

Em março, a produção industrial recuou 0,5% em meio à perda de força dos investimentos, enquanto as vendas no varejo sofreram com os preços altos e caíram 0,5%.

Os principais analistas do mercado brasileiro esperam que o PIB brasileiro feche o ano com expansão de 1,69%, de acordo com o boletim Focus, uma pesquisa semanal promovida pelo BC.

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  • Raphael Salimena/UOL

IBC-Br

O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual. 

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

(Com Reuters)