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Economistas cortam previsão de crescimento pela 15ª semana, para 0,48%

Do UOL, em São Paulo

08/09/2014 09h03Atualizada em 08/09/2014 09h15

A expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi ajustada para 0,48% em 2014, frente aos 0,52% esperados semana passsada. A análise é de economistas de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central para o Boletim Focus. A previsão foi reduzida pela 15ª semana seguida.

Depois de a economia brasileira ter encolhido por dois trimestres seguidos, as projeções para o crescimento do país neste ano caíram para o menor nível até agora. 

A economia encolheu 0,6% no segundo trimestre; além disso, o dado do primeiro trimestre foi revisado de uma alta de 0,2% para queda de 0,2%. No acumulado do 1º semestre, houve crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2013.

Previsão de inflação e juros fica estável

Além da projeção do PIB, o BC também coleta as expectativas do mercado em relação a outros indicadores econômicos importantes.

A expectativa para a inflação cresceu 0,02 ponto percentual em relação a semana passada, ficando em 6,29%. 


A meta do governo é manter a alta dos preços em 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, podendo ir de 2,5% até 6,5%.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) também ficou estável em relação à semana passada. Os economistas consultados esperam que a seja mantida nos atuais 11% até o fim do ano.

A cotação do dólar deve fechar 2014 em R$ 2,33, comparado com a previsão da semana passada de R$ 2,35.

Previsões para 2015

A previsão de inflação para 2015 é de 6,29%, a mesma da semana anterior. O dólar deve fechar 2015 em R$ 2,49, contra os R$ 2,50 previstos na semana anterior. A estimativa da taxa de juros também caiu, para 11,63% no final de 2015, contra 11,75% semana passada. 

Entenda o que é o boletim Focus

Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)