Dilma deve reconquistar mercado para país não ter nota pior, diz agência
A agência de classificação de risco Moody's afirmou em nota nesta terça-feira (28) que a reeleição de Dilma Rousseff (PT) à Presidência indica um "novo começo" para a economia do país, e que os rumos tomados agora serão essenciais para a nota de crédito do país. Essa nota indica se o país é confiável para investir e não vai dar calote.
Atualmente, a Moody's classifica a nota do país em Baa2, dois degraus acima do nível especulativo, com perspectiva negativa (ou seja, com possibilidade de rebaixamento).
"Agora que Dilma Rousseff e seu partido (PT) foram reeleitos para um novo mandato de quatro anos, o governo do Brasil enfrenta o desafio imediato de recuperar a confiança dos investidores e de apresentar um novo começo crível para a economia", diz a Moody’s.
Segundo a agência, trata-se de um momento-chave para o Brasil, sendo necessário manter a dívida pública em patamares razoáveis, promovendo o investimento do setor privado e articulando políticas econômicas diferentes do primeiro mandato.
"É provável que, na ausência de uma orientação clara sobre os caminhos econômicos que o governo planeja seguir, os investidores mantenham a cautela, a atividade econômica permaneça subdued [fraca] e os mercados financeiros estejam sujeitos a correções periódicas", afirma o vice-presidente da Moody's, Mauro Leos.
Segundo a agência, os problemas econômicos do Brasil são estruturais e profundos, e reformas relacionadas aos fundamentos econômicos serão necessárias no médio prazo.
Entenda como as agência fazem o cálculo da nota
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa ou um país.
Ele busca medir a probabilidade de calote de obrigações financeiras. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.
Agências de risco falharam na crise
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
(Com Reuters)
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