Fabricante do Viagra confirma compra da dona do Botox por US$ 160 bilhões
A farmacêutica Pfizer, fabricante do Viagra, fechou um acordo para comprar a fabricante do Botox, a Allergan, por cerca de US$ 160 bilhões (aproximadamente R$ 595 bilhões).
A nova empresa será a maior farmacêutica do mundo em volume de vendas, de acordo com a agência de notícias Bloomberg, com US$ 60 bilhões por ano.
As empresas disseram que a nova companhia vai se chamar Pfizer PLC.
É a maior transação entre empresas neste ano, e a maior da indústria farmacêutica. A complexa fusão deve terminar no segundo semestre de 2016.
O negócio ainda precisa ser aprovado por órgãos regulatórios dos Estados Unidos e da União Europeia, e tem que receber o aval dos acionistas das duas empresas. A Allergan também precisa finalizar a venda de seu setor de genéricos para a israelense Teva, negócio firmado em julho deste ano.
Mudança de sede para pagar menos impostos
O acordo será feito de uma forma que a empresa menor, a Allergan, com sede em Dublin (Irlanda), irá tecnicamente comprar a maior, a Pfizer, sediada em Nova York (EUA).
O objetivo dessa manobra é deixar a sede administrativa da nova empresa na Irlanda para pagar menos impostos. A sede operacional continuará em Nova York.
O nível de tributação para empresas nos Estados Unidos, de 35%, está entre os maiores do mundo. Na Irlanda, o nível é de 12,5%.
Acordos como esse permitem que uma companhia norte-americana se mude para o exterior e pague impostos menores em outro país. As iniciativas do tipo permanecem populares, mesmo diante de esforços dos EUA para contê-las.
O executivo-chefe da Pfizer, Ian Read, liderará a companhia resultante, com o executivo-chefe da Allergan, Brent Saunders, assumindo a função de diretor de operações.
Nova repartição das ações
Os acionistas da Allergan receberão 11,3 ações da nova empresa em troca de cada ação da fabricante do Botox. O acordo avalia as ações da Allergan em US$ 363,63, considerando o preço de fechamento do papel de US$ 312,46 na sexta-feira.
Já os acionistas da Pfizer poderão optar entre ter ações da nova companhia ou receber o valor em dinheiro.
Os papéis serão cotados em Wall Street sob o símbolo da Pfizer (PFE).
(Com agências de notícias)
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